terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Menino e o balão





É intrigante como uma criança se surpreende, se encanta tão facilmente. Certa vez, andando pelas ruas de minha cidade, vi um menino, desses de que moram na rua e são obrigados a trabalhar des de cedo, com uma expressão triste, judiada, eu parei e prestei atenção no facínio daquela criança olhando para um vendedor de balões e pensei "por que será que este menino tanto olha os balões?", nisso comecei eu a olhar e lembrei de quando eu era uma criança e entendi o fascínio dele, eram tantas cores, formas e tamanhos que não importava o fato de não se poder fazer grande coisa com um simples balão. O vendedor então, ao perceber que o menino estava ali, estático, desejando ter um daqueles balões pra si, aproximou-se dele e perguntou "qual deles você quer?" e prontamente o menino respondeu "qualquer um tio", aquilo me deixou feliz! O vendedor entregou ao menino um grande balão azul e no mesmo instante ele abriu um sorriso tão lindo que emocionaria a qualquer um. O menino pegou o balão, inspecionou-o, olhou atentamente e o soltou, deixou ele voar e ficou atento olhando subir cada vez mais e mais, na hora eu não entendi, mas hoje vejo que o menino apenas queria poder ser livre como aquele balão, ele apenas queria poder ser criança.

Um comentário: